quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mundo particular

Queria saber tocar violão. Seria muito mais proveitoso para os meus momentos de solidão, que eu uso pra refletir sobre vida e afins.

E se eu soubesse, e nesse momento estivesse sozinha, e quisesse cantar uma música, essa seria a escolhida:


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

Feliz despedida

Talvez seja reflexo de uma experiência ruim, mas prefiro acreditar que é resultado de uma dessas brincadeiras que a vida faz com a gente. Algo que parece extremamente bom, acaba se tornando doloroso, tal qual um cenário desconhecido e incerto venha a se tornar um lindo caminho de deliciosas descobertas e profundos aprendizados. A vida é mesmo uma caixinha de surpresas!
Márcia. É o nome dela. Uma japonesa simpática, cheia de bom papo, moça acolhedora, elétrica, daquelas pessoas que param para ouvir e que, com certeza, merecem ser ouvidas. Minha chefe!
E eu, cheia de medo, incerta e indecisa. Nunca vou conseguir entender (e sequer explicar!) como poderia querer tanto uma coisa, mas não ter coragem de entrar de cabeça. Sei lá, a bagagem anterior era pesada e infeliz o bastante para me tirar aquela empolgação por novas experiências.

Enfim, aconteceu... em 3 meses fui acolhida ao mundo de turismo. Mais do que isso, fui acolhida a um mundo que, pouco a pouco, passou a criar sentido pra mim e em mim.
Daí, minha intensa e eterna admiração pela convivência com a cultura tanto dos de fora, quanto mais os de dentro.

Quando me dei conta, estava deitada em dois puffs, olhando para o teto daquele "corredor do cochilo" e pensando que isso é que é qualidade de vida. "Coisa louca, não? Como é que eu vim parar aqui? E aquela japonesa... como é que ela consegue dar conta de tanto trabalho e ainda se divertir e ser uma pessoa divertida? E em que momento em passei a vê-la como amiga?"

Acho que sei... foi no dia em que ela fez cócegas em mim. E quando contei sobre minha vida e os últimos 2 anos. E quando tentei fazer uma trança no cabelo dela, mas só consegui um penteado abstrato. E quando ela saiu de férias e me deixou doidinha com tanto trabalho... e com um pouquinho só de saudade.
Nossa amizade se formou assim, de momentos. Quando parei para pensar, tinha ficado amiga da minha chefe. (Não sabia nem que essas palavras poderiam conviver juntas na mesma frase.)

E então, o choque. Márcia iria embora no próximo mês. Sentimento estranho de não concordar e, ao mesmo tempo, entender que foi a melhor decisão que ela podia ter tomado (além de me contratar, é claro...hohohoho)

Esse último mês passou. Rápido! Tão rápido quanto os dedos da Márcia digitando um e-mail.
E ela se foi. 


Conheço essa sensação de mergulhar no desconhecido, depois de anos de convivência com uma situação que não era totalmente ruim, mas não era esplendorosamente boa e digna de realização pessoal . Dói um pouco, dá medo, dá frio na barriga. Por isso, o mergulho precisa ser de cabeça, pra não dar tempo de se segurar e voltar atrás. Precisa ser radical, precisa gerar mudança de rotina. Precisa ser difícil pra valer a pena!

No meu coração fica a saudade. Mas, maior do que isso, o desejo de vê-la feliz, abrindo a porta para um novo caminho e deixando as janelas abertas pra que eu consiga assistir seu sucesso na primeira fileira!

E então, posso finalmente dizer que tive a melhor de todas as chefes. E hoje, amiga.


Vai, Marcinha. Vai, mas não esquece de mim!





terça-feira, 21 de maio de 2013

Palavras de amor

Naquele dia, quando a cabeça estava prestes a explodir.
Naquele dia, quando a vontade de sumir estava prestes a se tornar realidade.
Naquele dia, quando as coisas tinham parado de fazer sentido...


Eu recebi uma declaração dele...


"A rosa é azul... violeta é amarela... eu te amo muito! Você é minha Cinderela!"
Com amor, Laurinho.



e tudo mudou.




sexta-feira, 3 de maio de 2013

Sunrise

Pinterest

Preciso de um lugar calmo, um tempo de tranquilidade pra processar os últimos dois anos.

As vezes eu fico tonta só de imaginar como é que a vida dá tantas voltas assim. É sério. Você pensa que já entendeu como as coisas funcionam e, de repente, está dentro de numa montanha-russa que sacode e vira de ponta cabeça. 
E aí, é preciso respirar bem fundo pra não engasgar. Dá vontade de colocar a cabeça pra fora do carro e gritar bem alto. Ou pegar todas as roupas do armário, jogar dentro de algumas malas e ir pra rodoviária, sem destino.
E todo mundo fala que a vida é assim mesmo, e você não é o único (ou a única) que já passou por isso, e que ninguém morre disso. (Demorei um tempo pra entender o que essas pessoas realmente queriam dizer)
É capaz que toda essa situação lhe transforme numa pessoa reclamona e pessimista, mas não precisa ser um estado permanente. Isso passa, assim como as decepções amorosas da adolescência.

O que acontece é que, ao descer desse passeio insano da montanha-russa, sua visão de como as coisas funcionam, muda. Talvez as pessoas continuem as mesmas, o relógio continue tiquetateando, os carros continuem causando congestionamento e a cidade ainda seja um caos.
No meio de toda a bagunça do mundo, você abre os olhos e não vê o paraíso, mas vê uma nova trilha na direção dos seus passos. 
Novas pessoas, nova atmosfera, novas escolhas, novas consequências.
Pinterest

O engraçado é olhar pra fotos. Aqueles rostos tão conhecidos e, hoje, tão diferentes e distantes. Aquela ligação tão forte, e hoje tão nula. 
No mural do quarto, fotos antigas de gente antiga, por quem tenho um amor antigo e eterno. Junto delas, fotos novas, gente nova, consequências das últimas escolhas. 

(Engraçado como um mural de fotos pode dizer tanto sobre a vida de uma pessoa, não é?!)


No diário, relatos de uma dor que já se torna mais amena. Relatos de uma pessoa que gosta de aprender e, por isso, sofre. Porque né... quem aprende, sofre. Nem que seja a dor de não ter aprendido antes.

No rosto, aquela expressão de quem acabou de sair da montanha-russa. Coisa doida, que dessaruma o cabelo e faz calar a voz mais aguda. Ânsia de vômito que deixa a garganta meio seca, meio ardida. Coração acelerado, cabeça confusa, visão embaçada. Como é que as coisas mudaram tão depressa assim?

E aí, a ficha cai. Não foram as coisas, fui eu.
Pode ser clichê, mas é exatamente assim que eu me sinto, porque o tempo se encarrega de ir aliviando a carga das bagagens emocionais.

Já faz um tempo que os pensamentos estão entrando nos eixos e voltando a fazer sentido. 
E, quer saber, a vida ficou bem melhor agora!

quinta-feira, 28 de março de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Gone, gone, gone

A primeira música que consigo dedicar pra ele! 



You're the pulse that I've always needed

I surrender honestly

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

365 jeitos de descobrir o amor

Tudo o que eu li, ouvi e assisti sobre romances, histórias de amor, paixão e final feliz ainda é pouco. 
Na verdade, eles todos me apresentaram duas coisas, uma é boa e a outra é ruim. A ruim é que cada expectativa gera uma certa frustração. Resgate na memória todos os filmes de romance já assistidos, e você sempre verá que a realidade do filme (que gera em nós uma expectativa quanto à vida real) se frustra quando descobrimos como as coisas são diferentes olho-no-olho.
E a boa é que tudo isso alimenta esperança. Esperança no amor, esperança na descoberta de um grande romance que tire seu fôlego, preencha a carência e seja digno de compartilhar lágrimas e segredos.

Os filmes são legais, divertidos, causam reações estranhas que acabam refletindo nos sonhos (dormidos ou acordados).
Mas, mesmo toda essa perfeição, essa beleza, esse flerte gostoso, mesmo todos os eticeteras não conseguem sequer dedilhar alguma nota, soprar uma leve melodia ou esboçar um simples rascunho da história de amor que vivo hoje, e continuarei vivendo, se Deus permitir, até o meu último suspiro.

Há um ano, descobri um sentimento novo. Descobri um jeito novo de ver a vida. Descobri uma nova maneira de lidar com pessoas. Descobri uma nova forma de acordar e dormir. 
Foram 365 tentativas diferentes. 365 dias descobrindo a vida do jeito certo.

E cada dia ao lado do meu amor, é como se eu pudesse provar um pouquinho do céu. 
Todas essas 8.760 horas de ensino fixaram a mesma frase na minha mente: Swing open your chest and let it in. Just let the love, love, love begin.





No fim das contas, todo mundo quer ser amado, e todo mundo se cura com o amor!

Feliz um ano de namoro. Eu te amo, Laurinho!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Namore uma garota que lê

Escrito originalmente por Rosemarie Urquico
Adaptado por Gabriela Ventura.
 - com grifos meus

Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.

Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.
Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criador pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.
Compre para ela outra xícara de café.
Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.
É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.
É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
(Não concordo totalmente com essa parte)Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.
 Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.
Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.
 Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.
Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.
Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.
Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.
 Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve.
Foto: Pinterest/Reprodução

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Xixi em grupo... han?

Recebi esse email em 2010, e por uma obra do destino, resolvi reler. 
Vale a pena. E, se puder, mostre pro namorado, irmão, amigo...
Os homens precisam entender uma coisa: as mulheres têm, pelo menos, 3 boas razões pra cada mania maluca!



Quando você TEM que ir ao banheiro público,você encontra uma fila de mulheres, que faz você pensar que o Brad Pitt deve estar lá dentro.
Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres que também estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "estou me mijando".
Finalmente chega a sua vez, isso, se não entrar a típica mamãe com a menina que não pode mais se segurar.

Você, então verifica cada cubículo por debaixo da porta para ver se há pernas.
Todos estão ocupados.
Finalmente, um se abre e você se lança em sua direção quase puxando a pessoa que está saindo.
Você entra e percebe que o trinco não funciona (nunca funciona!); não importa... você pendura a bolsa no gancho que há na porta e se não há gancho (quase nunca há gancho), você inspeciona a área... o chão está cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a bolsa ali, então você a pendura no pescoço enquanto observa como ela balança sob o teu corpo, sem contar que você é quase decapitada pela alça porque a bolsa está cheia de bugigangas que você foi enfiando lá dentro, a maioria das quais você não usa, mas que você guarda porque, né, nunca se sabe...
Mas, voltando à porta...
Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto, com a outra, abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição".
Alívio...... AAhhhhhh.....finalmente...
Aí é quando os teus músculos começam a tremer ...
Porque você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e uma bolsa de 5 kg pendurada no pescoço.
Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento nem de cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai acontecer, mas a voz de tua mãe ecoa na tua cabeça "jamais sente em um banheiro público!!!" e, assim, você mantém "a posição" com o tremor nas pernas...
 E, por um erro de cálculo na distância, um jato finíssimo salpica na tua própria bunda e molha até tuas meias!! Por sorte, não molha os sapatos.
Adotar "a posição" requer grande concentração. Para tirar essa desgraça da cabeça, você procura o rolo de papel higiênico, maaassss, para variar, o rolo está vazio...! Então você pede aos céus para que, nos 5 kg de bugigangas que você carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel (ou um absorvente reserva). Mas, para procurar na bolsa, você tem que soltar a porta. Você pensa por um momento, mas não há opção...
E, assim que você solta a porta, alguém a empurra e você tem que freiá-la com um movimento rápido e brusco enquanto grita OCUPAAADOOOO!!!
Aí, você considera que todas as mulheres esperando lá fora ouviram o recado e você pode soltar a porta sem medo, pois ninguém tentará abri-la novamente (nisso, nós, as mulheres, nos respeitamos muito) e você pode procurar seu lenço sem angústia. Você gostaria de usar todos, mas quão valiosos são em casos similares e você guarda um, por via das dúvidas.
Você então começa a contar os segundos que faltam para você sair dali, suando porque você está vestindo o casaco já que não há gancho na porta ou cabide para pendurá-lo. É incrível o calor que faz nestes lugares tão pequenos e nessa posição de força que parece que as coxas e panturrilhas vão explodir. Sem falar do soco que você levou da porta, a dor na nuca pela alça da bolsa, o suor que corre da testa, as pernas salpicadas...
A lembrança de sua mãe, que estaria morrendo de vergonha se a visse assim, porque sua bunda nunca tocou o vaso de um banheiro público, porque, francamente, "você não sabe que doenças você pode pegar ali"
... você está exausta. Ao ficar de pé você não sente mais as pernas. Você acomoda a roupa rapidíssimo e tira a alça da bolsa por cima da cabeça!
Você, então, vai à pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água, então você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura em um ombro, e não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca até que consegue fazer sair um filete de água fresca e estende a mão em busca de sabão. Você se lava na posição de corcunda de notre dame para não deixar a bolsa escorregar para baixo do filete de água. O secador, você nem usa. É um traste inútil, então você seca as mãos na roupa porque nem pensar usar o último lenço de papel que sobrou na bolsa para isso.
Você então sai. Sorte se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado no sapato e você sair arrastando-o, ou pior, a saia levantada, presa na meia-calça, que você teve que levantar à velocidade da luz, deixando tudo à mostra! 
Nesse momento, você vê o seu amigo que entrou e saiu do banheiro masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto esperava por você.
"Por que você demorou tanto?" - pergunta o idiota.
Você se limita a responder: "A fila estava enorme"
E esta é a razão porque nós, as mulheres, vamos ao banheiro em grupo: por solidariedade, já que uma segura a tua bolsa e o casaco, a outra segura a porta e assim fica muito mais simples e rápido já que você só tem que se concentrar em manter "a posição" e a dignidade.

Obrigada a todas as amigas que já me acompanharam ao banheiro.