sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ON ou OFF

Um vídeo melhor do que "Filtro Solar".
Frases que me marcaram: 
  • De que lado você está?
  • Não adianta querer a sustentabilidade sem ser sustentável!
  • O colapso econômico do planeta não se resolve com a elevação das suas compras, mas talvez com o retorno às suas origens: humildes, sinceras, despretensiosas, colaborativas e auto-produtivas.
  • As melhores ideias do mundo, são as melhores ideias para o mundo.
  • Somos capazes de reclamar uns dos outros, mas não somos capazes de responder uma indelicadeza com um sorriso. Se não mudarmos, O MUNDO NÃO MUDA!
  • Ou corremos agora, ou iremos correr atrás!





quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Carol e as Girafas

Elas são tão lindas! 


Me lembro de alguns momentos marcantes que envolvem as altonas:

Os passeios pro zoológico de SP. Dentros os animais que gostava muito, sempre fixava meus olhos nas girafas. Tão altas, tão imponentes, tão... maiores do que eu. Tinha um pouco de medo, achava que elas poderiam facilmente esmagar a minha cabeça com um simples tropeço dentro da jaula. (tá, isso não é exatamente uma situação impossível).

Quando estive no Animal Kingdom me lembro do momento em que passamos por uma, durante o mini-safari. "Uau, que gigante! Já pensou se ela resolve enfiar o pescoção aqui no carro?", eu pensei em silêncio.

E quando meu sobrinho ganhou sua girafa de pelúcia, a Ziguifrida. Achei muito fofa, muito graciosa. Curioso, não? Desde então, passei a observá-las com carinho, ao invés de medo.
No começo do mês, comprei um adesivo de estampa de girafa. Acho que era a estampa mais linda do site.
E, finalmente, hoje. Não sei de onde veio, não sei o que me fez lembrar delas. Mas, assim, do nada, resolvi escrever sobre girafas.
Pra isso, tive que pesquisar um pouco. Foi mais por curiosidade mesmo. Vontade de descobrir mais das grandalhonas. E, pra minha surpresa, achei coisas surpreendentes.Elas, por instinto selvagem, possuem "costumes" que eu valorizo bastante, por instinto humano.


  • Girafas podem parecer fortes e agressivas. Mas apenas a primeira característica é verdadeira, pois elas são de índole pacífica e inofensiva. Mesmo sendo tão grandes, o que elas querem, ao chegar perto dos humanos, é sentir o cheiro e saber se temos algo para lhes alimentar.
  • Por serem tão ingênuas, não notam o perigo facilmente. Exemplo: um dos principais predadores é o crocodilo, que parte ao ataque quando a pobrezinha, desprevenida, se abaixa para pegar água. A gente também passa por isso. Quem é que nunca foi pego de surpresa por alguém(ou algo) que só esperou ficarmos tranquilos e sossegados pra atacar? Assaltos, crises, desânimo, tristeza.
  • Além disso, as girafas também são "família. Cuidam uma das outras. Quando estão em bando, uma delas fica à espreita enquanto as demais estão se alimentando ou dormindo. Vai dizer que isso não é lindo de se ver? 
  • Também possuem o sentido da visão mais desenvolvida do que os outros. É nesse tipo de coisa que nós, humanos, deveríamos investir. Visão. Olhar pra frente, se esforçar pra enxergar o território que, mesmo longe, pode ser um bom lugar para colher experiências, descanso...
  • Quase nunca emitem sons. Hum, interessante. Falar menos, entendi!
  • E, por último, é um animal gregário, que constitui rebanhos ou bandos pouco numerosos. Ok, poucos amigos, mas amigos fiéis (porque o bando anda sempre junto).


Tá vendo, elas são muito lindas. Fofas. Inteligentes.

E, o melhor de tudo, não são nada disso por influência dos outros animais. Simplesmente nasceram desse jeito.




Amo girafas!











quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sensações

O que é isso? Parece que estou me afogando. 
Onde foi parar o fôlego?
E todo o esforço que eu faço... porque ele não é suficiente pra me ajudar a chegar na superfície?

Sinto que sou tão impotente. Tão tão, a ponto de não conseguir ajudar mais ninguém, nem a mim mesma.

De onde vem essa sensação?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Meninas

Na parede do meu quarto está um dos quadros mais lindos que já vi. Ganhei de aniversário (não sei de quantos anos), e sempre me anima. Ele é, na verdade, um painel de fotos minhas e de frases dos Peanuts, e eu mal podia imaginar como elas fariam sentido nos meus 22 anos de idade. Dentre as quais:

"Nunca entregue seu coração a um cabeça dura"

Algumas meninas ainda não tem noção do que isso pode significar. Algumas ainda sonham com o príncipe encantado, com um menino que segure suas mãos com ternura e olhe nos seus olhos como se estivesse hipnotizado de amor. Que seja um verdadeiro cavalheiro e tenha paciência quando a tpm resolver dar um "oi". Que a chame de "linda" e faça carinho no cabelo. Que elogia sua risada, e que seja o causador dela. Que ligue pra falar bom dia e boa noite, e seja o primeiro a ligar quando der meia noite no dia do seu aniversário.
Nada disso é errado. Eu desejei isso a vida toda.
Mas, não sei o que aconteceu com o mundo. Ele virou de ponta cabeça e inverteu os valores. 

As meninas não se valorizam, não se guardam, não desejam mais o futuro brilhante e cheio de corações. Ou melhor, até desejam  mas não têm coragem de esperar por isso. Algumas esperam do jeito errado, garantindo uma companhia estável e passando meses (ou anos!) mentalizando que a pessoa ao lado vai melhorar, vai mudar, vai se transformar em príncipe encantado e que só precisa de mais amor, mais carinho. Se doam, se transformam, se diminuem. Se entregam. 
O problema da entrega não é apenas o ato sexual, mas o coração que vai junto. Quando uma mulher enxerga o sexo como um ato de amor, ela entrega seu coração. E não foi pro namoro que o sexo foi feito. 

Cansamos de ouvir histórias de garotas desiludidas. Garotas que, depois de anos de namoro, desencantaram. Não pensam mais em casar, não acreditam nos homens e preferem a vida de solteira, das baladas, dos ficantes, dos amores de uma noite só, do sexo casual, do visual provocante. Quase consigo ver tanques vazios... vazios de amor, carentes de atenção. Loucas de vontade de viver um amor de verdade, mas com medo de escorregarem pros braços de outro ser que as decepcione.

Mas, quer saber minha opinião? Isso não é culpa duzomi. Claro, sempre dá pra achar um mau exemplo aqui e acolá. Um safadosemvergonha que te ama loucamente...até a segunda semana do namoro, quando começa a responder sms's monossilábicas, fica de cara feia quando sai com sua família e te trata pior do que a calopsita que tem em casa.

A culpa também é das mina. Das que não têm coragem de largar a mão do cara que grita, do cara grosso, do cara que passa a mão no seu corpo e depois olha pra mulher de biquini na TV do restaurante. Das mina que passam as noites chorando por um cara machista, que não gosta de perder alguns minutos da sua atenção pra uma criancinha da família. Das mina que discutem com os pais quando eles dizem "cuidado onde você tá se metendo".

Olha só, vou compartilhar um aprendizado meu: se o cara te ama, se ele realmente vale a pena, se ele tem chances de ser o amor da sua vida, ele vai fazer por merecer.
Ele é daqueles que prefere perder a discussão, pra comemorar o acordo. Ele é daqueles que elogia o brilho dos seus olhos, o som da sua risada, sua inteligência, seu carisma. 
Ele é daqueles que não pensa que a mulher é escrava, que só serve pra lavar louça e roupa suja. Ele é daqueles que prefere assistir filme na sua casa quando você estiver doente, do que sair pra jogar bola com os amigos.

Ele não é cabeça dura. Não defende só a própria opinião. Entende que, diante dele, está um dos maiores tesouros da humanidade. Que vive dizendo o quanto é sortudo e, vira e mexe, fala sobre planos pro futuro... de vocês dois!


Meninas, moças, mulheres. Isso tudo é um ponto de vista romântico de uma garota de 22 anos que, finalmente, encontrou o amor de sua vida e a conexão de sua vida com todas as músicas românticas que já foram criadas.
Sim, posso entender pouco sobre a vida. Posso ter pouca vivência no ramo "namorístico", e me orgulho disso. Posso ser muito nova pra entender a complexidade que os adultos tanto falam.
Posso ser só mais uma apaixonada. Mas eu já tive desilusão amorosa. Já fui dormir chorando. Já discuti com meus pais por isso. Já me afastei da minha família. Já entreguei meu coração pra um cabeça dura.
Eu sei do que eu tô falando. Eu conheço a história clássica da menina que sonha com o príncipe encantado e não consegue de jeito nenhum enxergar os defeitos de quem tá diante do seu nariz.

Mas, graças a Deus (só a Ele), eu fui apresentada pro príncipe mais encantador. Antes disso, o Rei me fez aceitar o amor dEle em primeiro lugar, e a me aceitar como sou. Sem ficar presa a esteriótipos e padrões de beleza.
Quando eu entendi que sou única e especial, entendi que o amor viria naturalmente, sem precisar forçar a barra.


Por isso eu vou repetir a frase do início: nunca entregue seu coração a um cabeça dura.
Faz assim: entrega pra Deus. Ele sabe exatamente quem é a peça que completará seu quebra-cabeças, sem que você precise quebrar sua cabeça ou pisar no seu coração.


E, POR FAVOR, pare de chorar por esse cara tosco que não sabe reconhecer o seu valor. 
Olha no espelho... você é linda!


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Step outside

O que será que acontece com a nossa mente, que de vez em quando clama por um tempo?
Eu queria muito (MUITO MESMO!) poder sair no meio da tarde pra dar um passeio e esvaziar a cabeça.
Queria poder acordar um pouquinho mais tarde do que o normal, tomar um café gostoso em casa, e sair pra ler um livro no parque.
Queria poder assistir ao pôr-do-sol em qualquer outro lugar, que não seja pela janela do ônibus.
Queria viajar, ficar um tempo sozinha, entender todas as mudanças que me transformaram.
Queria ter um tempo só pra mim, só pra ficar no silêncio. Poder colocar a bagunça em ordem, as pendências em dia e os problemas na pasta de "Resolvidos".

Mas, não dá né. A vida real está pedindo um pouco mais de agilidade e compromisso. Responsabilidade.
O futuro parece mais próximo, e as forças precisam ser suficientes pra chegar até ele.
Só que, no meio de tudo, preciso achar um tempo. Nem que seja um tempo fictício, que exista apenas na minha mente, mas que me ajuda a reorganizar a vida, entender o significado de prioridade, liberar um sentimento reprimido e refletir sobre essas pessoas que cruzam o nosso caminho.

Quem é que já não ouviu uma promessa de mudança, que ficou só na teoria? É de doer.
Quem é que não ouviu a mesma promessa, duas vezes em um mesmo ano, e não sentiu nem o cheiro da mudança? 
Isso desgasta, e o próximo passo é largar mão.
Acho que é nesse estágio que cheguei, sabe? Cansada!

Só que, como a minha mãe sempre diz, a vida continua. "Levanta a peteca, menina!"
O jogo ainda não acabou.
Só preciso do intervalo pra voltar pro segundo tempo. O problema é que 30 minutos é muito pouco!


- Engraçado isso. Eu, que sempre reclamei do tempo de Deus e da minha ansiedade, dizendo que preciso de um tempo. É, chegou a hora de aprender o real significado dessa coisa.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Pessoas


Hoje eu me irritei. E aí, pensei. Sabe no quê? Na vida. Nas mudanças. Em tudo!
Não me irritei porque as coisas mudaram. Me irritei porque isso acontece comigo de vez em quando. 
Mas, enfim. Aí eu parei pra procurar alguma coisa que dissesse o que eu não consigo dizer. E foi quando achei essa camiseta.
Tem gente que vive dizendo que as coisas estão ruins, e que não existe razão pra ser otimista, e que não tem mais jeito pra nada. Ou que o mundo tá indo de mal a pior, e coisas desse tipo.
Ano passado eu decidi mudar. E radicalmente!
Olha pra onde eu vim... olha onde eu consegui chegar. Mudanças radicais são chocantes, não?

Eu olhei pra vida e pensei: vou mudar. Confesso que quis voltar atrás, mas a minha principal motivação me manteve firme: eu sabia que algo bom me esperava.

E aí, olha só o que aconteceu: as pessoas podem não ter mudado. A hipocrisia ainda existe na vida. Ainda tenho nojo de alguns comportamentos, raiva de algumas revoltas sem sentido e muita dó de quem está estagnado. 
Mas, mudei. E aí entendi tudo: 


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Oração

Oh Lord, I used to wonder why you didn't seem as obvious as you could be
And Lord, then I began to understand you called this heart of mine
To keep Your light shinin' right through me
Because You've given me this life that I'm unworthy of
And even when I take a fall You hold me out of love for me
Since my existence is a gift that I've been given from above


I'm livin' love, I'm livin' with Jesus Christ
Its only by His grace that I'm forgiven and free in love
I'm livin with in His light
And I understand this love I'm living because His love is livin' inside of me

I often wonder why I never seem as obvious as I could be
To show all the of world that You've intended for this child of God
To give the same love that You gave to me
I want everyone to know the love I've come to know
And even when my way was lost, You led me out of emptiness
Since Your forgiveness was the peace that I'd been missin' in my soul

Oh no, I'm just a man
And I know I don't understand
So I'm placing this life in Your Almighty Hand

I will consider it an honor representing You eternally
And Lord I hope that You will understand that when You call for me
I'll try to do whatever You might need
Lord I want to give You everything for all my life
Even when I start to doubt, I'll hold onto Your promises
I'll keep on servi'n to make sure my life's a livin' sacrifice

And I understand this love I'm living because His love is livin' inside of me

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Não tenho um tom

Não tenho acorde que me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho você, amor.
E essa não é mais uma canção de amor

Eu canto pra ti, sei onde estou
Olhando pra mim posso saber que nada posso fazer
Eu grito pra ti, oh Deus
Vem me socorrer. Olhando pra Ti posso saber que nada posso fazer.


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Todo mundo tem um dia de Charlie Brown



PEANUTS - Nayara Konno (ouve a música ae, meu)
Não quero saber como está lá fora
Meu cachorro aproveita mais que eu

E essa melancolia não pode ser normal
Eu bem queria que fosse só uma fase
Que chegasse ao final

Meus amigos já não são bem desse jeito
O que mais me ouve tenta dar conselhos
Quando me arrisco sei que fico bem vermelho
Mas não mais que os lindos cabelos
Daquela menininha ruiva
Que passa sempre pelas ruas
Nos meus sonhos

Na escola sou um tanto atrapalhado
A professora fala um pouco engraçado

Dizem que eu crio problemas
Pras mais simples situações
Acho que vivo num dilema
E faço confusões

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A vida sob uma nova perspectiva

Se minha vida fosse um livro, acho que seria de aventura. Desbravando mares, entrando em cavernas. Um pouco de perigo e bastante ação.
Gosto de sentir o coração disparado, a adrenalina correndo maratona no meu sangue.

Há poucos dias, fui a um parque de diversões. Depois de muito tempo longe de uma montanha-russa, revivi aquela maravilhosa sensação de agonia, medo, ansiedade e alívio que só um brinquedo desses proporciona. O tempo na fila de espera me deixou ansiosa. Quando sentei na cadeira do carrinho, meu coração começou a disparar. No momento em que a partida foi dada, comecei a ficar com medo. 
A primeira descida é sempre a pior, né? Você olha do topo da montanha pro parque inteiro, como se fosse a sua última visão desse mundo, sua despedida. É sério! Parece drama, mas é essa a sensação.
E aí, o carrinho desce. Deve ser a, mais ou menos, 450 km/h. Pelo menos, é essa a sensação que o desespero me dá.
O vento bate tão forte contra sua face, que você se sente como aqueles personagens de desenho animado, quando a pele descola do rosto e os ossos ficam expostos. 
Não é drama não, gente... é isso que eu senti. Sérião!
E quando eu tentei levantar os braços (pra parecer corajosa?) Fail total!
Meu pescoço foi empurrado pra baixo, e eu devo ter feito uma cara pior do que quando estou na cadeira do dentista.
Levando em consideração todas essas poses e sensações esdrúxulas, resolvi enfiar de vez o pé na jaca. Comecei a gritar! Mas, é gritar mesmo, como se todo o ar do pulmão fosse acabar. Acho que gritei mais grosso que muito homem, inclusive.
No meio do percurso, eu já não conseguia prestar atenção na "paisagem" ao redor. Só conseguia olhar pros trilhos, que faziam o caminho mais louco e sem noção do mundo. Uma das piores partes é quando o carrinho passar por dentro de um túnel.
Olhando de cima pra baixo, você chega a pensar: "Putz, nem me despedi da minha mãe. Espero que meu rosto não fique tão desfigurado quando eu entrar de cara nesses trilhos por baixo da terra. Tadinha da Mamis."
E aí, como se todo esse "sofrimento" não fosse o suficiente, a última volta do carrinho é rápida e para tão bruscamente no ponto de chegada, que você chega com cara de louca e gritando com o carrinho parado. Acredita nisso?
Pois é. E o coração, tadinho... sem comentários. Parece que o peito pula, de tão forte e rápido que ele bate.
Pra completar o passeio nonsense, você ainda tem o (des)prazer de ver uma foto sua, tirada em algum trecho do percurso que você estava gritando loucamente, com uma careta pior do que a do Taz.

E, quer saber? Faria tudo de novo. Eu amo a sensação que a adrenalina proporciona.
E é essa a resposta que, hoje, eu daria pro noivo da minha prima, se ele perguntasse "o que tem na cabeça desses loucos que vão nas montanhas-russas?".

Enfim, isso tudo me fez refletir sobre a vida, no dia a dia.
Sobre pessoas, sobre relacionamentos.Sobre como a história pode mudar de rumo de uma hora pra outra. 
Algumas estarão ao seu lado o tempo todo. Outras ficarão te esperando na saída. Tem também aquelas que você conhece durante o trajeto, por estarem na mesma situação difícil que você e, daí, surge uma identificação mútua. E, quando o trajeto chega ao fim, você ainda tem a oportunidade de contar pros próximos passageiros como é o passeio.

Só que, além da parte legal e boa, tem também a parte chata. Você não sabe, mas existem pessoas que podem não estar lá, te esperando, quando chegar no final do percurso. Elas se recusam a embarcar com você, e escolhem nem esperar por você. Vão embora, pra outras aventuras.

Nem sempre a aventura será tão emocionante quanto um passeio de montanha-russa. E, de vez em quando, a aventura pode até ser trágica. Mas, o que me faz ter prazer em viver é justamente essa certeza de que nunca vou estar sozinha. O tempo, a vida, as escolhas, e o próprio Deus se encarregará de colocar os personagens na história.

É claro que eu me decepciono ao ver uma pessoa indo embora da minha história. Ainda mais quando se trata de alguém que, pra mim, sempre seria parte integrante. Mas, o que eu posso fazer? 
Com o pouquinho que eu aprendi da vida, não vale a pena correr atrás de quem escolhe, por si próprio, ir embora. 
E assim, seguindo o conselho do Arnaldo, fico por aqui... sem drama!

Existe gente que precisa
da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.
Ele titubeia, tem dúvidas e medos,
mas se a pessoa realmente gostar, ela volta.

Nada de drama.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O dia em que fui a esposa traída

Novembro de 2011. Eu estava em frangalhos, e Deus me pediu apenas a disposição e o amor. Pra quê?
Simples: pra interpretar um dos papeis mais difíceis que já peguei no grupo de teatro Intérpretes da Verdade.
Taí o resultado:


Eu aprendi que acreditar em Deus vale à pena. Quando foi isso? Não sei dizer uma data específica, mas posso afirmar que foi no momento em que Ele me levou à sala de espera da vida.
Com o tempo, percebi que tudo o que acontecia em minha vida apontava para Deus, e foi assim, por meio de angústias, medos, decepções, mágoas, leituras de livros, convivência com amigos do coração e, principalmente, da leitura da Palavra de Deus que comecei a ouvir a Sua voz de forma mais clara. Em Outubro de 2011, Ele fez algo incrível por mim: me pediu uma prova de fé, vendou os meus olhos e pediu que eu seguisse por um caminho desconhecido. Para uma jovem de 21 anos, parecia uma grande aventura... e eu mal podia imaginar que minha vida mudaria radicalmente.
Deus colocou na minha vida uma mulher incrível, que se apresentou como peça essencial nesse quebra-cabeça que tentava construir: Mara. Cristã, casada, mãe e esposa. Segura de suas funções e seu modo de vida... até chegar à sala de espera. O que a levou até lá? A traição.
Por meio do Ministério Intérpretes da Verdade, Deus me concedeu a honra de interpretar a vida de milhares de mulheres resumidas em uma só. Foi Mara, a amarga, que me conduziu a intensos questionamentos: A despeito de minhas funções (mãe, esposa, etc.) e modo de vida, quem sou eu? De onde vim? Por qual motivo estou aqui? O que devo fazer agora? O que é essa sala de espera afinal?
Mara fora traída pelo marido, depois de mais de 20 anos de matrimônio. Mas não havia sido a traição do marido que a levaria até aquele lugar. Ela se sentia traída pela vida, e pelo próprio Deus! Como uma mulher tão boa, fiel e eficaz em suas tarefas poderia passar por isso?
Mara perdeu a fé em si mesma e deixou-se afundar em um abismo frio e sombrio, o qual apontou a ela seus piores medos e defeitos. Ali, ela se sentiu fracassada!

(A preparação)

Durante os dias de ensaio, foi necessário despir-me de mim mesma para assumir a personalidade de milhares de mulheres que se encontraram ou se encontram na mesma situação.
Traição é semelhante a um punhal: quando cravado no corpo, rompe ligamentos e causa profundas feridas, além de hemorragia interna. Traição dentro do casamento é ainda pior. Ao conversar com mulheres que já haviam passado por isso, pude notar que a ferida diz muito mais a respeito de si mesma do que a respeito da pessoa que traiu.
“Não fui suficiente como mulher”. Essa é a sensação que todas têm em comum. Não se trata apenas do ato em si, mas do que o adultério pode causar em alguém. Foi preciso que eu saísse do meu mundo e entrasse em outra atmosfera, na qual eu era intrusa e cada um dos meus movimentos precisava ser calculado, para não tocar onde era frágil de mais, porém era preciso extrair algo da situação, que pudesse dar vida à personagem.
Pedi a Deus que usasse todo meu corpo para aquela interpretação. Eu coloquei no meu coração a responsabilidade de tratar aquele assunto com todos os méritos e todo respeito que merece, e acho que foi nesse momento que entendi o que é o teatro pra mim: é a vida real, transformada em história.
Encenar Mara talvez tenha sido meu maior desafio no Intérpretes da Verdade, pois estava sobre mim o dever de contar a história do coração, aquele que se doa, se dói, de despedaça e se entrega por amor... e recebe, como recompensa, a decepção e a rejeição. Consegue sentir a bagagem emocional e espiritual que a personagem Mara carrega?
Analisando toda essa descrição, posso afirmar que o resultado final é todo mérito de Deus. Eu, uma jovem de 21 anos, que pouco sabe da vida, nada poderia contribuir para a peça. Mas, consciente de minhas limitações, pedi a Deus que fizesse a obra por mim.

(O resultado)

Mara chegou ao fundo de um poço sujo, podre e que levava à morte: o fim da esperança. Por ser tão confiante do que podia fazer, ela esqueceu-se de quem era e por quem vivia. Foi levada à sala de espera para que aprendesse a lidar com a dor e chegasse ao ponto de desistir. Nesse momento, o amor de Cristo, aquele que deu tudo de si por nós, e por nós, é diariamente traído, se apresentou a ela como luz, bálsamo curador e esperança.
Na escuridão de sua alma, ela foi inundada pela luz do amor. Descobriu que o amor humano não é suficiente e que a sala de espera não era apenas o fundo do poço. Ou melhor, a sala de espera envolve o fundo do poço, mas leva a um lugar de restauração: a cruz!
Em cima do palco eu olhava para dezenas de mulheres traídas. Traídas pela autossuficiência, pelo ego, pelo falso amor, por promessas quebradas e pelo próprio coração. O ápice da representação de Mara foi contar-lhes como ela reaprendeu a viver, como ela superou aquele trauma. Tudo se trata de amor. Perdão reque amor, casamento requer amor, filhos requerem amor...
Mas, o que a Sala de espera lhe ensinou? Nada em sua vida tem haver com seu amor próprio, e sim com o amor que escorreu do corpo de Cristo, morto numa cruz e furado por cravos e espinhos. Aquele amor envolveu dor, e daquele amor fluía a vida.
Mara em minha vida foi um presente de Deus. É duro encarar nossos fracassos. É revoltante trilhar um caminho desconhecido e depender das orientações de um Deus que não revela detalhes dos seus planos a nós. Mas a cruz destrói a nossa revolta e nos torna dependentes do Criador. Ao passar pela cruz, descobri quão prazeroso é permanecer na Sala de Espera da Vida, pois lá eu encontro o sentido de existir!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tem uma mina...

Que é uma verdadeira ouvinte e parceira de desabafos. 
Nem me lembro quando foi que a gente ultrapassou a conversa superficial, e embarcou nessa jornada mais "tensa" e cheia de desabafos reais e até um pouco pesados.
Talvez tenha sido o círculo de "amigos" em comum, ou o tipo de filme que gostamos.
Pode ser que tenha sido por nos identificarmos com a situação relacional da outra. Ou pode ser porque nos demos bem com a ideia do blog. Ou porque torcemos pela Rosário e pelo Inácio, pela Cida e o Conrado, e passamos pro "team Brunessa", depois que as empreguetes ficaram famosinhas. (olha minha cara de preocupada pra você que não entendeu nada do que eu disse até agora: ¬¬)
Aí, já viu né... uma frase solta aqui, uma outra polêmica ali, uma situação complicada aqui. 
E intimidade, como dizem por aí, é um cocozinho (jeito fofo de dizer outra coisa). 
Depois de conhecer o jeito e os gostos, o negócio partiu pra sinceridade.

-Pô manola, pára de correr atrás de quem não tá nem aí por você.
-Mano, se liga... levanta a cabeça e vai viver sua vida, ao invés de ficar olhando pro passado e sofrendo à toa.

E aí, ontem, conversando com meu namoradíssimo, eu respirei fundo e soltei a seguinte frase:
Eu: Acho que eu tenho uma amiga.
Ele: ah é? Quem?
Eu: a Laudi! Gosto muito dela!

Foi só isso que eu disse. Mas, de verdade verdadeira, é tudo o que eu posso dizer agora.
Ela é uma mina muito firmeza. Mesmo, acredite!
Pode ser que o jeito dela seja mal compreendido pelas pessoas, mas prefiro pensar que se tratam de seres culturalmente fracos e com um senso crítico muito exigente, muito evoluído... só que ao contrário.


Sobre amizade, no geral, gosto de pensar que as pessoas que aparecem na sua vida em momentos difíceis, são as que possuem maior chances para se tornarem amigos. 
Afinal, amigo mesmo não é aquele que te manda recado fofo no facebook, e te marca numa foto "filtrada" pelo Instagram.
É aquele que não tem mais assunto, mas continua online no msn. É aquele que não sabe como responder a um desabafo pesado como "tô de saco cheio de pessoas falsas", mas não te deixa no vácuo.
É aquele que se coloca na mesma situação que você, e chora junto se precisar. 
É quem te manda um sms com um trecho de uma música, ou um comentário da novela.
É quem marca de tomar um café depois do expediente, se sujeita a chegar mais tarde em casa, e ainda passa na loja de bijus pra te fazer gastar dinheiro com o anel do pacman.
É quem fica te marcando nas fotos do Joseph ou do Ryan, fazendo pose de tiete.
É quem manda uma indireta pública, que só você vai entender.
É quem consegue olhar no olho e entender o pensamento.
É quem ajuda um outro amigo seu a conseguir emprego. E que te manda sms falando da entrevista que fez naquela loja de café.

Enfim, essa é a Laudi. 


E pra ela, que atualmente está passando por um momento difícil, dedico esta música.
Essa mema, "coverada" pela banda que ela mesma apresentou pra mim, e que fala sobre heróis.

Lauditchéia, even heroes have the right to bleed, and the right to dream.
Sei que não é easy to be you, e sei que you are not that naive.
A gente é boba, manola. Tenta ajudar quem não quer ajuda, e se importa com quem não se importa com a gente.
Mas é a vida... um dia a gente aprende.

Uma coisa é certa: we're just out to find the better part of us.
We are more than a bird, more than a plane. More than some pretty face beside a train.







Life's hard sometimes, but God is good all the times!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tem dia que...

Eu não tenho vontade de escrever nada fofinho, nada sobre romance, nada sobre amizade.
Tem dia que eu fico chata, fico entediada.
Tem dia que você vai se irritar com as minhas perguntas indiscretas.
Tem dia que você vai se irritar com minhas frases diretas.

Tem dia que sim, tem dia que não.
Tem dia que eu não sei, sabe?

Pode ser que eu não goste da sua roupa. Pode ser que eu deteste sua atitude. Pode ser que eu queira sacudir você.
Mas eu não vou fazer isso. Não vou te criticar, não vou dizer que discordo, não vou bagunçar seus cabelos.
Sabe por quê?
Tem dia que minha única resposta vai ser...

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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Trecho

Do filme "A Dona da história"

A noite perguntou ao bobo:- O que te importa nessa vida além do amor dessa menina?
E o bobo respondeu:- Nada mais, noite, só o amor de Carolina.
- E a tua luta?- Carolina.
- E o poder?- Carolina.
- E a glória?- Carolina.
- E o mundo mais justo?- Carolina, Carolina, Carolina.
- Eu quero que o mundo se exploda, se eu não tiver Carolina! E se eu não tiver Carolina, nada mais me importa nessa vida.- Eu sou o bobo da tua noite, menina. Eu sou o homem da tua vida

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

L'amour

Quando você encontra o amor da sua vida, é tão mais fácil encarar os problemas.
Tá, você não precisa, necessariamente, estar com alguém para se sentir feliz. Mas, que o amor faz bem pra saúde e pro intelecto... ah, sem dúvidas!
Poucas coisas são tão boas quanto acordar e pensar "hoje vou ver o fulano".

E aí, com os dias passando, a gente descobre que não existem pessoas perfeitas, mas pode SIM existir um relacionamento perfeito. Pode não ser perfeito pra quem vê de fora, mas pra quem vive um amor diário, um carinho constante, um sentimento que só agrega, um romance sem culpa, brincadeiras que acabam em troca de olhares, risadas que acalmam o coração...

O que eu falava mesmo?
Putz, tô assim ultimamente. Quando penso na minha história de amor, eu me perco.
Esqueço os maiores problemas, esqueço sentimentos ruins, esqueço o passado cheio de buracos, esqueço de pensar no que é ruim.

Claro que existem problemas. Estou falando de um relacionamento que consiste em duas pessoas imperfeitas e diferentes. Estou falando de homem, de mulher. Estou falando de criações diferentes. Estou falando de histórias de vida diferentes.
Mas, caramba, como fica linda a junção delas duas!

Ele adora futebol, e eu NÃO!
Eu amo livros, e ele não lê muito.
Ele é super discreto. Eu, meio explosiva.
Eu gosto de versinhos, frufrus, tiaras, corações, balas, bichos de pelúcia, coisas fofinhas, vermelho, laços, bolinhas, branco e preto, alice, comédia, romântica, computador, redes sociais, H2OH, Melissa, perfume, fotos.
Ele é mais (bem mais!) esporte, camiseta, brincadeiras, quartetos, clave de fá, gravata, impressoras, palmeiras, no stress, espontâneo, Adidas, 3 lanches do MC, Bonanza, filmes de guerra, coca-cola, verde.

Aí você junta tudo e dá nisso:

Sweet_6_large

E depois de 6 meses de namoro, ainda sinto "coisas" quando penso que ele está vindo me encontrar!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Exemplo de Mulher

Hoje não é dia das mães, nem dia da mulher.
É que eu ouvi uma música que gosto muito, e que sempre me lembra: tenho a melhor mãe do mundo!


A mulher mais forte de todas. E se, um dia, eu tiver metade da sabedoria dela, acho que serei uma boa mãe!






I have an excellent father
His strength is making me stronger
God smiles on my little brother
Inside and out he's better than I am
I grew up in a pretty house and I had space to run
Daddy's smart and you're the prettiest lady in the whole wide world
Now I know why all the trees change in the fall
I know you were on my side even when I was wrong
And I love you for giving me your eyes Staying back and watching me shine and I didn't know if you knew
So I'm taking this chance to say that I had the best day with you today

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O amor não tira férias

Esse filme é simplesmente estupendo.
E essa é uma das cenas mais lindas



Coisas lindas de se ver

Nessa segunda-feira, regada de mau-humor e muito frio, esse vídeo me encantou.
Que minha filha cante assim!


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Tudo o que uma garota quer

Nutella

Um pouco de amor, fufavô!

Poucas coisas na vida são tão boas quanto as que tenho vivido nos últimos meses.
Sim, eu tô apaixonada... ainda, finalmente, ou qualquer outra expressão! Na verdade, acho que vai ser assim todos os dias enquanto eu viver, porque meu coração bate mais forte por romantismo. Acho que é, pra mim, como o oxigênio. 
Passei alguns (muitos) meses da minha vida sem nem um pingo disso, e eu me sentia seca, como as flores, quando vai chegando o outono, sabe?
Imaginem só: eu, toda conto de fadas, sem vontade de assistir comédias românticas, ou chorando desesperadamente ao final de um romance. Pensando: "isso é muito irreal".
Triste, muito triste!
Mas, passou. Passou e continua passando, e eu continuo pensando: valeu a pena! 
Sim, valeu a pena porque, se não fosse por isso, eu não me esvaziaria tanto dos meus sonhos, e nunca estaria pronta para encontrar o amor da minha vida. 
Imaginem só: sonhos frustrados, substituídos por sonhos reais! Sonhos que viram realidade todos os dias.
Músicas românticas fazendo todo o sentido, sonos mais tranquilos, pesadelos menos frequentes, carinho sem interesse, amor sem cobrança. Isso é o puro romantismo!

E só pra entrar no clima, um pouco de Elton John pra mostrar algumas formas de ser romântico: por meio da música.  (amo ter um namorado que canta!)



There's a calm surrender
To the rush of day,
When the heat of a rolling wind
Can be turned away
An enchanted moment,
And it sees me through
It's enough for this restless warrior
Just to be with you
And can you feel the love tonight?
It is where we are
It's enough for this wide-eyed wanderer
That we've got this far
There's a time for everyone,
If they only learn
that the twisting kaleidoscope
Moves us all in turn
There's a rhyme and reason
To the wild outdoors
When the heart of this star-crossed voyager
Beats in time with yours

It's enough to make kings and vagabonds
Believe the very best

Don't go breaking my heart
You take the weight off me
Honey when you knock on my door
I gave you my key
And nobody told us
`Cause nobody showed us
And now it's up to us babe
I think we can make it

So don't misunderstand me
You put the light in my life
You put the sparks to the flame
I've got your heart in my sights



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Homens: de verdade X de mentirinha


Quando a gente vê o desamor acontecer, mileuma justificativas passam pela nossa cabeça. 
Pode ser que o amor não tenha sido suficiente, ou que faltou amor. Pode ser que um dos dois não estivesse tão afim, ou que os dois não estivessem dispostos a escalar a montanha das diferenças. Pode ser que os pais tenham sido contra, ou que os próprios filhos não tenham sido a favor. Pode ser que a família tenha criado problemas, como também pode ser que nenhum dos dois aceitasse a família um do outro.
Pode ser isso, pode ser aquilo, pode ser aqui, pode ser acolá.
Pode não ser, como também poderia ter sido.
Enfim, acabou. E quando acaba, das duas, uma: ou fica um gostinho de "quero mais", ou "não deveria nem ter começado". É difícil achar um caso que tenha chegado ao fim e que se possa dizer "valeu a pena". (Difícil, não impossível).

O que me chama a atenção no final de muitos relacionamentos é, além de mágoas, profundas feridas. Tanto no homem, quanto na mulher.
Eu, com propriedade, posso falar sobre a mulher.
Nós confiamos, sabe?! Quando queremos fazer dar certo, é difícil ficar dentro do limite do aceitável, porque queremos ter a sensação de que fizemos de tudo para dar certo. Só que, as vezes, nem sempre o nosso maior esforço é suficiente. 
Quem é que nunca conheceu uma mulher que sofreu por um homem, o qual vivia para alimentar seu próprio ego? Quem é que nunca viu uma mulher chorando por um homem que já tinha achado, no mínimo, outras 3 pra "se consolar"? Quem é que nunca viu uma mulher emagrecendo (ou engordando) por causa do desamor? Quem nunca?
Todos nós, homens e mulheres, já caímos na conversa de alguém que, no fim das contas, só pensava em adquirir benefícios para si próprio? 
Porém, o ponto onde quero chegar é: pra mulher, é muito mais difícil lidar com o desamor! Pra mulher sensível, perder um emprego não é tão ruim quanto. 
Pra mulher mais racional, sofrer de desamor é, no mínimo, vergonhoso.
Pra mulher emotiva, sofrer de desamor é pior do que pegar um DP na faculdade.

E esse desamor ao qual me refiro vai muito além do final de um relacionamento. Na verdade, o desamor pode começar DURANTE um relacionamento.
Não significa que a mulher não ama mais, longe disso. Aos meus olhos, o desamor não é o fim do amor... é o amor reprimido. Cada gesto, cada palavra, cada atitude de "jogar na cara", reprime cada vez mais o amor de uma mulher. E o homem sabe muito bem quando está fazendo essas coisas.

Um exemplo: 
Acontece um mal entendido.
Ela - Vamos conversar?
Ele - Sobre?
Ela - Você sabe sobre o quê. Não gosto de ficar assim.
Ele - Então, da próxima vez, pense melhor antes de falar besteira. Tô cansado dos seus xiliques. Ah, desculpa, não são xiliques. São "momentos emotivos", né?
Ela - Não fala assim. Vamos conversar numa boa.
Ele - OK
Ela - Como você está? Eu sei que você não tá bem.
Ele - Indiferente
Ela - E como a gente resolve isso?
Ele - Isso o quê? O problema é com você, minha filha.
Ela - Não, amor. O problema é entre nós dois. Por favor, vamos conversar direito.
Ele - Não tenho o que falar.
Ela - Então, vai ficar assim? Esse climão?
Ele - Pra mim, tá ok.
Ela - SILÊNCIO 

O desamor, pra uma mulher, é a indiferença. É sentir que você está ficando sem argumentos, e o "outro lado" não move uma palha pra tentar ficar em paz.
É desligar o telefone em prantos, fingindo que tá tudo bem só pra não tocar mais num assunto.
Muitas vezes, é sentir que a reconciliação só vem com a atração corporal. É perceber que seu corpo tá valendo mais do que suas palavras de amor.
E aí, cara, só consigo ver uma solução: acabar de vez com isso. 
Dói demais oferecer amor, e receber indiferença. E não aceito qualquer justificativa para isso.
Um homem de verdade, quando não ama mais, sabe que o melhor é terminar o relacionamento.
Agora, o de mentirinha protela o fim. Finge que não está acontecendo nada, ou que, se está acontecendo, não é culpa dele.
Um homem de verdade, quando ama, não finge que está tudo bem. Ele diz que está chateado, mas que não quer continuar assim. Ele busca uma solução onde os dois saiam ganhando. 
E quando a mulher percebe que existe alguém lutando por ela, ela tira forças de onde não tem. Ela compra a "briga", faz de tudo pra resolver. É capaz de engolir a seco, de respirar fundo 17 mil vezes e o que mais for preciso. Mas, ela precisa sentir o amor. 

Percebendo tudo isso, fiquei triste.
Refletindo sobre relacionamentos e observando muitos deles, citei pra um amigo a seguinte frase: "Good girls like bad boys".
Ele(D.F.) se empolgou um pouco e quase não parou...
"bad boys impregnate good girls
 bad boys leave good girls alone with a baby on her lap
 bad boys break good girls heart and brag about it with his friends
 bad boys only show emotions when they want to impress
 bad boys do bad things just to do it, just to watch the world burn
 bad boys are the ones your mom warned you about. And she did it for a reason
 bad boys are the ones that your dad want to beat. And he will give your dad a reason, sooner or later
 bad boys show emotions, but don't give their hearts
 bad boys give their bodies, but don't give their hearts
 bad boys are those that you should be scared of. Be scared of them, and not of commitment 
 bad boys steal the opportunity of good girls to dream
 bad boys will say yes to anything, but to 'will you marry me'
 bad boys turn good girls into worse persons
 bad boys make good girls regret their past, and their future
 bad boys make good girls hate themselves
 bad boys make good girls hopeless of future happiness"

Um homem de verdade não faz nada disso. Acreditem!
E eles existem. Conheço alguns, a começar pelo que me deu a maior prova: meu pai.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Por Martha Medeiros


ENTRE AMIGOS
12 de abril de 1999

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.

Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.
Martha Medeiros

quarta-feira, 18 de julho de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pára tudo



Porque sempre tem um momento da vida (ou alguns, talvez) em que a gente decide parar tudo!
Porque as forças acabam, ou porque o desânimo chegou a um ponto muito alto chamado desmotivação. Ou porque a bagagem emocional é pesada demais pra humanos. 


E quando a gente pára tudo, Ele pratica Sua especialidade: o impossível!



terça-feira, 10 de julho de 2012

O essencial

A borda da mata sob neblina

Quem olha pra uma foto dessas, pode pensar: Puxa, que imagem linda. Passar um fim de semana+feriado num lugar desses deve ser super relaxante.


Sim, é! Mas, não para mim e para as 50 pessoas que dividiram comigo o trabalhoso projeto com os adolescentes. Sim, nós abrimos mão de um fim de semana relaxante, para trabalhar duro, pegar pesado... falar da Boa e da Má Notícia!


Gostaria muito de falar sobre os resultados finais, mas me sinto muito à vontade para falar sobre os resultados que tive durante o final de semana.


Há quem diga que adolescentes são verdadeiros aborrecentes.  Eu discordo!
Eles são difíceis de entender na maioria das vezes, pois estão na fase de transição criança-adulto. São adultos demais para que os tratem com infantilidade, mas não tão adultos para aceitar grandes desafios. 
Quem é que não passou por isso, não é mesmo?


Mas, o que me encanta nos adolescentes é a forma de encarar o mundo. Eles são facilmente sensibilizados por uma causa, e a superprodução de hormônios contribui para que tudo seja aumentado ou maximizado drasticamente. Uma simples resposta curta de um amigo, pode ser o fim da amizade. Do outro lado, um simples sorriso pode desabrochar o amor.
Eles são 8 ou 80. São 6 ou meia dúzia. E, por isso, são tão divertidos. 
Em uma palavra: intensos!


No acampamento eu "comandei" o quarto mais divertido. Minhas companheiras de colchão de ar eram as mais sinceras e intensas. Foram noites inesquecíveis. Não me lembro de ter dado tanta risada por motivos tão bobos, em outras ocasiões. Querem nomes? Camila's, Monique, Bia e Laís.
Além das garotas do "time" (ou "clube da verdade), preciso falar das lindíssimas que sempre me surpreendem. Nomes: Gabi Simões, Polly, Carol Alves, Rebequinha, Juliana, Ester e Ana. Elas sempre me lembram de como eu era na minha adolescência, e como é gostosa essa fase de indecisão.


Sim, por mais estranha que pareça essa declaração, eu volto a afirmar: a fase de indecisão da adolescência é MUITO gostosa!
Mandar cartinhas, ficar conversando até tarde em acampamentos, pedir roupa emprestada, ir de braços dados pra qualquer lugar, compartilhar segredos, compartilhar comentários peculiares, deixar o coração guiar 99,9% das ações...
E tem a parte chata também: discussões com os pais, falta de incompreensão da família, amigos falsos, professores sem noção...

Antes de conhecer os adolescentes mais lindos do mundo, eu detestava lembrar da minha própria adolescência. Me sentia mal quando lembrava da minha dificuldade em arrumar amigos, das frustrações amorosas por gostar sempre do menino mais bonito, de ter dado meu primeiro beijo só com 16 anos, da grande dificuldade em fazer meus pais entenderem que "tipo" e "meu" é costume dos amigos e ouvir música alta é a coisa mais normal do mundo! Ah, quase esqueci da dificuldade em fazer minha mãe entender que, se meu cabelo amanhecia pior do que o do Edward Mãos de Tesoura, eu NÃO poderia aparecer na escola. hahaha
Minha adolescência foi meio nublada. Mas, quando conheci os meus adolescentes (se é que posso chamá-los de "meus"), senti um amor tão grande por eles, que entendi minha missão: mostrar a eles que essa fase não é anormal, que eles são aceitos sim, que eles são diferentes sim e que, mais do que qualquer outra coisa, são especiais. 


Adolescentes são inconstantes. Se moldam aos padrões impostos pela sociedade, justamente por não se sentirem aceitos em nenhum outro grupo. Porém, nessa minha fase difícil, descobri que:
- é muuuuuuito mais importante ser aceito por Deus, do que pelos amigos. 
- os pais são realmente os melhores amigos, e eles fazem de tudo para participar da nossa vida
- os verdadeiros amigos não te induzem a fazer coisas erradas. Pelo contrário, te ajudam a ficar firme quando dá vontade de arrancar os fios de cabelo
- redes sociais são legais, mas nada pode se comparar ao valor de uma verdadeira conversa olhos-nos-olhos.


Nesse final de semana eu descobri algo que mudou meu conceito sobre relacionamentos: precisamos lutar mais para entender as pessoas ao nosso redor.
É fácil julgar alguém em uma briga, ou em um relacionamento romântico. Mas, é na convivência que descobrimos a essência
E, dormindo e acordando com adolescentes, descobri que eles são muito mais simples do que se pensa. Eles querem amar, querem ser amados. Querem se abrir, contar segredos, compartilhar angústias, buscar conselhos... querem que dediquemos tempo, tentando entendê-los. 


Volte ao início deste post, e passe alguns segundos olhando pra imagem.
Essa foi a visão que tive no domingo de manhã, ao sair de casa e curtir o último dia de acampamento.  Ver Borda da Mata do alto e sob neblina, me deu vontade de esticar meus braços pra poder abraçar a todos os meus adolescentes e, chorando, agradecer a Deus pelo privilégio de ver com meus próprios olhos o que Deus pode fazer por nós.
Ele idealizou este final de semana para nós. Ele nos escolheu para desenvolver esse trabalho. Ele fez essa manhã linda de neblina, para apreciarmos Sua maravilhosa maneira de cuidar da natureza. E Ele me escolheu, para ser professora de adolescentes.


Entrei nessa história para ajudar, mas a grande beneficiada em todo esse processo, sempre fui eu.
São eles, os meus adolescentes, que, com toda a pureza e ingenuidade de quem deseja entender a vida, me ensinaram a amar. E eu faço isso me divertindo, que é o melhor de tudo!




Ps.: Citei apenas nome de meninas no post, mas o texto em si foi dedicado aos meninos também. Em especial, Deda, Pepe, os Lucas, Gabriel, João, Luiz, Gui, Ju, Paulinho, Guga... (esqueci de alguém?)
Obrigada pelos momentos de diversão, piadas e cantadas sem graça, e rodas de música em volta da fogueira humana! 
hahahahahaha


amo vocês, meninos e meninas!

Para refletir:
Cada estação da vida é uma edição,que corrige a anterior,e que será corrigida também,até a edição definitiva!
(Machado de Assis)