quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Dicionário

Agora preste bastante atenção e entenda o que nós queremos dizer, quando
dizemos:

Legal - Esta é a palavra que elas usam para terminar um argumento quando
elas sentem que estão certas e você precisa calar sua boca estúpida.

Cinco minutos - Significa meia-hora.

Nada - Significa "alguma coisa", e você provavelmente se ferrou. "Nada" é
geralmente usado para descrever o sentimento quando ela quer espancar você.
"Nada" geralmente significa um argumento que durará "Cinco Minutos" e
terminará com um "Legal".

Vá em frente (Com as sobrancelhas sobre-erguidas) - Isso é uma ameaça.
Significa que ela está ficando puta depois de um "Nada". Isso vai terminar
com um "Legal".

Vá em frente (Com as sobrancelhas normais) - Significa "eu desisto" ou
"faça o que quiser porque eu não ligo". Você escutará um "Vá em Frente com
as sobrancelhas sobre-erguidas" em segundos, seguido de um "Nada" e um
"Legal". Depois disso, ela vai falar com você em "Cinco Minutos", quando se
acalmar.

Suspiro alto - Uma indicação não-verbal, geralmente não compreendida pelos
homens. Significa que ela pensa que você é um idiota naquele momento, e
fica se perguntando porque ela ainda perde o tempo precioso dela
argumentando com você depois dizer um "Nada".

Suspiro suave - Outra indicação não-verbal. Significa que ela está
contente. Não se mova, nem fale. E ela continuará contente.

Tudo bem - Uma das frases mais perigosas que ela pode dizer para você.
Significa que ela quer pensar mais e melhor antes de devolver o que você
fez na mesma moeda. "Tudo bem" é geralmente usado com a palavras "Legal" e
em conjunção com uma "Vá em Frente" com as sobrancelhas sobre-erguidas". Em
um futuro próximo, você vai estar com sérios problemas.

Por favor, faça - Isso é uma oferta. Ela está te dando a oportunidade de
vir com qualquer desculpa ou razão por ter feito o que quer que seja. Você
tem alguma chance se disser a verdade ou algo que pareça muito a verdade.
Se ela responder com um "Tudo bem", você se ferrou.

Obrigada - Uma mulher está te agradecendo. Apenas diga: "de nada".

Muito obrigada - É muito diferente de "Obrigada". Ela só vai dizer "Muito
Obrigada" quando está puta com você. Significa que você a ofendeu de um
modo insensato, e será seguido de um "Suspiro Alto". Importante: NUNCA
pergunte o que há de errado após um "Suspiro Alto". Ela irá certamente irá
dizer: "Nada". E você se ferrou.

Idiota - Na maioria das vezes é brincadeira.


Tá, tchau - estou um tanto quanto nervosa e quero falar com você depois.



EU TE AMO- a tradução não é necessária, né?!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dia de limpeza, época de peneirar

A ordem, então, é desocupar lugares e filtrar emoções?

Ela ficou pensando em como fazer isso.
A princípio, foi fácil imaginar como tirar as pessoas menos importantes de sua lista de contatos; depois veio o grande desafio de fazer isso sem se machucar.
Aí ela parou. Pensou. Sentou, e fechou os olhos. Imaginou tudo o que já tinha acontecido e se realmente compensava esvaziar tantas gavetas. Aí ela abriu os olhos, viu que nada tinha mudado, que tava tudo bagunçado. Levantou, saiu andando em direção ao armário e começou a fazer a limpa.

Começou pelo que tinha comprado e nunca usado. Partiu para o que usou poucas vezes. Depois foi a vez de tirar do armário o que não combinava com nada mais. Por último, deixou aquilo que um dia foi muito útil, mas hoje não fazia a menor diferença. Na verdade, até irritava olhar pro "modelito" antigo.

Acabou que o armário NÃO ficou vazio. O problema é que tinha coisa demais. Coisa que não servia pra nada, mas ela guardava ali só pro caso de poder (um dia) usar.

Ela sabe que no final das contas, a limpeza do armário precisa ser feita de tempos em tempos.
E que, da próxima vez ela também vai eliminar o que hoje parece ser essencial.

De acordo com a ordem: desocupar lugares> filtrar emoções.
Passo 1: Feito!

Passo 2:

O que seria um "filtrar emoções"?
Colocar o coração numa peneira e tirar os pedacinhos que encalham?
É, pode ser.
Isso demora um pouco mais do que desocupar lugares. Talvez seja por isso que ela ainda nem sabe o que fazer.

Mas, uma vez foi dito que a vontade de mudar já é a própria mudança.
Então, essa filtragem de emoções já começou!
Talvez demore um pouco porque, quanto mais consistente, mais dificilmente passa pela peneira.

De repente, ela percebeu: tudo já mudou.




segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Maldição da Culpa

Texto extraído do site CristianismoHoje

Satanás usa a culpa decorrente desses pecados para extirpar todo sonho radical que a pessoa teve ou poderia vir a ter."


Por John Piper

Em 26 anos de pastorado, o mais perto que eu havia chegado de ser demitido da Igreja Batista Bethlehem foi em meados da década de 1980, depois de escrever um artigo intitulado Missões e masturbação para nosso boletim. Eu o escrevi ao voltar de uma conferência sobre missões presidida por George Verwer, presidente da Operação Mobilização. No evento ele disse como seu coração pesava pelo imenso número de jovens que sonhavam em obedecer completamente a Jesus, mas que acabavam se perdendo na inutilidade da prosperidade americana. A sensação constante de culpa e indignidade por causa de erros sexuais dava lugar, pouco a pouco, à falta de poder espiritual e ao beco sem saída da segurança e conforto da classe média.

Em outras palavras, o que George Verwer considerava trágico – e eu também considero – é que tantos jovens abandonem a causa da missão de Cristo porque ninguém lhes ensinou como lidar com a culpa que se segue ao pecado sexual. O problema vai além de não cair; a questão é como lidar com a queda para que ela não leve toda uma vida para o desperdício da mediocridade. A grande tragédia não são práticas como a masturbação ou a fornicação, e nem a pornografia. A tragédia é que Satanás usa a culpa decorrente desses pecados para extirpar todo sonho radical que a pessoa teve ou poderia vir a ter. Em vez disso, o diabo oferece uma vida feliz, certa e segura, com prazeres superficiais, até que a pessoa morra em sua cadeira de balanço, em um chalé à beira de um lago.

Hoje de manhã mesmo, Satanás pegou seu encontro das duas da manhã – seja na televisão ou na cama – e lhe disse: “Viu? Você é um derrotado. O melhor é nem adorar a Deus. Você jamais conseguirá fazer um compromisso sério para entregar sua vida a Jesus Cristo! É melhor arrumar um bom emprego, comprar uma televisão de tela plana bem grande e assistir o máximo de filmes pornográficos que agüentar”. Portanto, é preciso tirar essa arma da mão dele. Sim, claro que quero que você tenha a coragem maravilhosa de parar de percorrer os canais de televisão. Porém, mais cedo ou mais tarde, seja nesse pecado ou em outro, você vai cair. Quero ajudá-lo a lidar com a culpa e o fracasso, para que Satanás não os use para produzir mais uma vida desperdiçada.

Cristo realizou uma obra na história, antes de existirmos, que conquistou e garantiu nosso resgate e a transformação de todos que confiarem nele. A característica distintiva e crucial da salvação cristã é que seu autor, Jesus, a realizou por completo fora de nós, sem nossa ajuda. Quando colocamos nele a fé, nada acrescentamos à suficiência do que fez ao cobrir nossos pecados e alcançar a justiça que é considerada nossa. Os versículos bíblicos que apontam isso com mais clareza estão na epístola de Paulo aos Colossenses 2.13-14: “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões e cancelou o escrito de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz”.

É preciso pensar bem nisso para entender plenamente a mais gloriosa de todas as verdades: Deus pegou o registro de todos os seus pecados – todos os erros de natureza sexual – que deixavam você exposto à ira. Em vez de esfregar o registro em seu rosto e usá-lo como prova para mandar você para o inferno, Deus o colocou na mão de Seu filho e pregou na Cruz. E quem são aqueles cujos pecados foram punidos na cruz? Todos que desistem de tentar salvar a si mesmos e confiam apenas em Cristo. E quem assumiu essa punição? Jesus. Essa substituição foi a chave para a nossa salvação.

Alguma vez você já parou para pensar no que significa Colossenses 2.15? Logo depois de afirmar que Deus pregou na cruz o registro de nossa dívida, Paulo escreve que o Senhor, “tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz”. Ele se refere ao diabo e seus exércitos de demônios. Mas como são desarmados? Como são derrotados? Eles possuem muitas armas, mas perdem a única que pode nos condenar – a arma do pecado não perdoado. Deus pregou nossas culpas na cruz. Logo, houve punição por elas – então, seus efeitos acabaram! O problema é que muitos percebem tão pouco da beleza de Cristo na salvação que o Evangelho lhes parece apenas uma licença para pecar. Se tudo que você enxerga na cruz de Jesus é um salvo-conduto para continuar pecando, então você não possui a fé que salva. Precisa se prostrar e implorar a Deus para abrir seus olhos para ver a atraente glória de Jesus Cristo.

Culpa corajosa – A fé que salva recebe Jesus como Salvador e Senhor e faz dele o maior tesouro da vida. Essa fé lutará contra qualquer coisa que se coloque entre o indivíduo salvo e Cristo. Sua marca característica não é a perfeição, nem a ausência de pecados. Quem enxerga na cruz uma licença para continuar pecando não possui a fé que salva. A marca da fé é a luta contra o pecado. A justificação se relaciona estreitamente com a obra de Deus pregando nossos pecados na cruz. Justificação é o ato pelo qual o Senhor nos declara não apenas perdoados por causa da obra de Cristo, mas também justos mediante ela. Cristo levou nosso castigo e realiza nossa retidão. Quando o recebemos como Salvador e Senhor, todo o castigo que ele sofreu, e toda sua retidão, são computados como nossos. E essa justificação vence o pecado.

Possuímos uma arma poderosa para combater o diabo quando sabemos que o castigo por nossas transgressões foi integralmente cumprido em Cristo. Devemos nos apegar com força a essa verdade, usando-a quando o inimigo nos acusar pelas nossas faltas. O texto de Miquéias 7.8-9 apresenta o que devemos lhe dizer quando ele zombar de nossa aparente derrota: “Não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei (...) Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito”. É uma espécie de “culpa corajosa” – o crente admite que errou e que Deus está tratando seriamente com ele. Mas, mesmo em disciplina, não se afasta da bendita verdade de que tem o Senhor ao seu lado!

Há vitória na manhã seguinte ao fracasso! Precisamos aprender a responder ao diabo ou a qualquer um que nos diga que o Senhor não poderá nos usar porque pecamos. “Ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei”, frisou o profeta. “Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz.” Sim, podemos estar nas trevas da iniqüidade; podemos sentir culpa, porque somos, realmente, culpados pelo nosso pecado. Mas isso não é toda a verdade sobre o nosso Deus. O mesmo Deus que faz nossa escuridão é a luz que nos apóia em meio às trevas. O Senhor não nos abandonará; antes, defenderá a nossa causa.

Quando aprendermos a lidar com a culpa oriunda de nossos erros com esse tipo de ousadia em quebrantamento, fundamentados na justificação pela fé e na expiação substitutiva que Cristo promoveu por nós, seremos não apenas mais resistentes ao diabo como cometeremos menos falhas contra o Senhor. E, acima de tudo, Satanás não será capaz de destruir nosso sonho de viver uma vida em obediência radical a Jesus e de serviço à sua obra.

John Piper é escritor e pastor da Bethlehem
Baptist Church, em Minneapolis (EUA)